It's all about Freedom

One general law, leading to the advancement of all organic beings, namely: multiply, vary, let the strongest live and the weakest die. With these words Charles Darwin taught us how the fittest will survive in nature, and we have eventually learned that it works the same way with companies in a free market. Nowadays we see so many new Altcoins popping up everyday and a "natural cryptocurrency selection" has already started it's work: That's the way freedom operates, why would it be any different in the newly born cryptocurrencies world?

The Altcoins boom is there for anyone to see. There are now hundreds of known altcoins, and this number is ever increasing. This phenomenon is even being compared to the tulip mania that happened in 17th century Netherlands, when contract prices for tulip bulbs reached extraordinarily high levels, creating a bubble that suddenly collapsed. For this reason, some people are worried and are trying to understand if it is a good thing for the cryptocurrencies in general and, more specifically, if it is a good thing for Bitcoin itself.

In an (utopic) ideal situation there would only be a single honest currency in circulation, a unit of account standard adopted everywhere to translate the values of services and goods for the convenience of worldwide trades. This is because it is believed that the utility of a medium of exchange would decrease with the competition of other media of exchange, for being mutually exclusive. But the thing is that the world has never been able to achieve such a perfect single currency system. Since men discovered money and was able to overcome direct barter, there were always different coexisting means of exchange. Once we had gold as the standard to all the different national currencies. The gold standard seem to have given some integrity to the world economy, but it limited the State so much that the politicians have simply decided to abandon it. So the fiat, legal tender currency has become a rule, leaving governments free to create money out of thin air in a wide adoption of Gresham's Law according to which bad money drives out good.

But now we have got this very elegant solution of the cryptocurrencies. A new technology bringing good money back to the competition. And this is exactly another aspect that is very important to be taken into account here: more than just a currency, Bitcoin is also a technology, and just like in any technological progress, free competition is necessary, and a "natural selection" is more than healthy. After all, technologies come and go at a rapid pace, and the eventual artificial imposition of any exclusivity, ignoring and excluding all other solutions, would certainly lead to an impairment, a weakening of the whole system. Such an act of over protection would be no more than an irrational and blind restriction to new and different ideas that otherwise, in a free environment, would flourish and develop for the benefit of all.

Now remembering Nietzsche's words, what does not kill it will certainly make it stronger. If the Altcoins hurt Bitcoin in anyway, it it only to make the cryptocurrencies' system healthier. And it is more than clear now that many of the new Altcoins out there do bring improvements, like faster transactions, or better privacy, for example. Such improvements do make a difference and give importance to these different Altcoins. Indeed, it's good competition. Of course Bitcoin can always adapt itself and adopt some of the best solutions brought by Altcoins: this is real evolution. But even if the Bitcoin network eventually absorbs all the novelties each Altcoin brings, still, the existance of a variety of cryptocurrencies has got great importance when it comes to safety.

No one can deny that it is impossible to completely avoid risks. A blockchain and network can eventually fail. It can receive attacks for example, and having some kind of "backup" is a wise decision. In this situation it is clearly convenient to have three or four main cryptocurrencies, with their different blockchains running in paralel, in order to "spread" the risk of eventual failures. So, instead of having all the investments in a single blockchain, one would hold two or three different cryptocoins in his portfolio.

And the fact that a couple of main cryptocurrencies will be dominant does not exclude eventual specialised minor altcoins to exist, because different groups or communities may still use their own altcoins in their own internal transactions, and only use the main dominant cryptocurrencies when dealing with other groups, or with people from outside the community.

There's a brave new world being born. Free use will be enough to filter the good Altcoins by its qualities, and to promote the necessary evolutions. This selection is under the responsibility of each one of us.

There remains no doubt that Bitcoin has brought a new paradigm. It was built with freedom, and it should never waive freedom. That's the only way for the cryptocurrencies to become increasingly stronger for worldwide benefits.

Let's welcome technology with freedom and responsibility.

Criptografia: É nosso Dever Proteger a Privacidade

"Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança"
Benjamin Franklin

As assustadoras denúncias veiculadas pelo Wikileaks nos mostraram que, de fato, o governo espiona o cidadão, ignorando de forma covarde nosso direito à privacidade, vergonhosamente desrespeitando nossas liberdades individuais. O que antes era tido como paranóia, teoria de conspiração, hoje provou-se triste fato. Cada vez mais o mundo orwelliano de 1984 é transposto à nossa realidade e, espantosamente, tenta-se banalizar essa situação alarmante com argumentos que buscam uma justificação para esse cerceamento de nossas liberdades com a questionável promessa de um mundo melhor, mais seguro.

Estamos reféns da arbitrariedade estatal? Como proteger nossa vida privada da intromissão desses abutres totalitários?

Nós, cidadãos, somos os criadores, o Estado, a criatura. Inconcebível a inversão de valores em que a criatura pretende-se superior ao criador. Mais que um direito, é um dever de cada indivíduo lutar contra os abusos e arbitrariedades do Estado. Não se pode calar e aceitar passivamente a violência proveniente justamente daquele que foi criado para nos defender, nos proteger e nos servir.

A privacidade é um direito consagrado no artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e no artigo 17 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. A Constituição Brasileira, por sua vez garante em seu artigo 5o, parágrafo X que "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação". Quem não se submete à invasão de privacidade estatal o faz acertadamente, com base em institutos jurídicos como esses aqui citados.

O uso de ferramentas que buscam dar alguma privacidade é justo, e cada vez mais necessário. Redes P2P, como a Bitcoin, Freenet e Tor são a resposta daqueles que não aceitam os abusos do Estado, e são cada vez mais populares. Mas a ferramenta que mais se destaca é a criptografia, GPG

O que é a criptografia?

A criptografia é um método de segurança através do qual o emissor, a partir de uma dada informação original, cria uma versão ilegível dessa informação, que poderá ser facilmente revertida à sua forma original apenas pelo recipiente a que se destina tal informação. Desse modo, qualquer outra pessoa, que não o emissor e o destinatário, fica impossibilitada de conhecer o conteúdo original da informação transmitida. Em resumo, é uma técnica para esconder a informação a acesso não autorizado, um método muito importante na transmissão de mensagens que precisam ser protegidas de tentativas de invasão de privacidade.

Numa explicação simples, funciona da seguinte forma: o indivíduo cria um par de chaves criptográficas, sendo uma delas a chave privada (Secret Key), a qual deverá ser mantida em sigilo, sob a maior segurança, pois é ela que garante a identidade desse indivíduo e seu acesso à decifração de mensagens criptografadas que lhe são destinadas. A outra chave é sua chave pública (Public Key), a qual deverá ser divulgada entre seus possíveis interlocutores, pois é com base nessa chave pública que um interlocutor poderá criptografar uma mensagem destinada ao respectivo emissor da chave pública.

Da mesma forma que divulgou sua Public Key a seus contatos, cada indivíduo receberá as chaves públicas de cada uma das pessoas com que se relaciona, formando um chaveiro (Keychain), que será mantido e organizado por meio das ferramentas apropriadas, de modo a permitir a troca segura de informações.

Como posso proteger minha privacidade com a ajuda da criptografia?

A GnuPG é a ferramenta básica de criptografia, similar à PGP, mas em versão open source, a GPG. Com base em diversos comandos, manuseia-se as chaves pública ou privada, bem como seu chaveiro, de forma bastante segura. Existem diversos tutoriais sobre o uso do GPG, que trazem de forma detalhada o funcionamento e o modo de utilização da criptografia. Em língua portuguesa posso indicar Manual Saraiva, que é bem completo e de fácil apreensão.

Em inglês, um bom tutorial para criação do par de chaves criptográficas é o Creating the perfect GPG keypair.

Uma forma mais simples de lidar com a criptografia no dia-a-dia é utilizando-se programas como o GNU Privacy Assistant, que, através de uma interface gráfica, eliminam a necessidade imediata de o usuário dominar os comandos GPG.

Se você preza a liberdade, não deixe de proteger sua privacidade.